Considera-se
na eletrostática cargas eletrostáticas com referencial inercial, ou seja, não
há variação com o tempo. Dessa maneira, tem também como desprezíveis as
dimensões dos corpos, passando a tratá-los como cargas puntiformes, conceito
análogo ao de massas puntiformes na mecânica.
A
lei de forças foi primeiro estudada por Joseph Priestley, em 1766, onde o mesmo
em suas ações empíricas descobriu que a força eletrostática não segue o mesmo
princípio da força gravitacional. Tal concepção foi feita a partir de um
experimento ao qual se eletrizava uma superfície de um corpo oco e verificando
que a sua superfície interna não fica carregada e não são exercidas forças
elétricas em um outro corpo, quando inserido dentro do primeiro.
No
entanto, em uma complementação à lei de forças, em 1785, Charles Augustin de
Coulomb realizou uma investigação experimental com o auxílio de uma balança de
torção. Este instrumento consta de uma haste isolante com duas esferas
metálicas nas pontas, suspensas por uma fina fibra ligada à um ponteiro com uma
escala graduada.
Com
a utilização de tal instrumento, a interação pode ser calculada em termos do
ângulo de rotação do ponteiro. Dessa maneira, o resultado obtido por Coulomb em
termos geométricos se exprime por:
onde F(ij) é a força sobre a partícula i, devida a
presença da partícula j, r(ij) é a distância entre as duas partículas
carregadas e r(ij) é o vetor unitário da direção i para j.
É
notório que em módulo a força F(ij) é igual à força F(ji) pois a mesma é proveniente da terceira Lei de
Newton, como ilustrado na figura 2.3. Diante disso, a força elétrica assume o
caráter atrativo e repulsivo a depender do sinal das cargas em interação. Para
a figura ilustrada acima, as cargas assumem o mesmo sinal (positivo ou
negativo), gerando assim a repulsão entra ambas.
Um
fator importante da Lei de Coulomb é que a força varia com o produto das cargas
e com o quadrado da distância entre elas. A constante K depende assim do meio
no qual as cargas se encontram, sendo o mais comum o vácuo.
Para
a constante K, conhecida como permissividade do espaço livre, a mesma é
expressa no Sistema Internacional (SI) de acordo com a seguinte expressão:
quando
c é a velocidade da luz no vácuo. Dessa maneira, a lei de Coulomb assume o
formato expresso por:

Principio da Superposição
Quando
se tem mais de duas cargas em um mesmo espaço interagindo umas com as outras,
deve-se levar em consideração os efeitos de todas as interações. Dessa forma, a
força eletrostática é definida como a resultante da soma vetorial da interação
de uma determinada carga com todas as outras presentes no espaço. Aplicando
assim a Lei de Coulomb tem-se:
onde
o somatório é pertencente a todas as demais cargas que interagem com a carga i.
Tendo
em vista que as cargas +q e q’ tenham o mesmo sinal, observa-se que as forças F1 e F2 são as forças que as cargas +q e – q exercem
respectivamente sobre a carga q’. Sendo assim, tem-se a força:
Aplicando
a Lei de Coulomb à força F1, tem-se:
onde
r³ é a aplicação de Pitágoras para as distâncias com o objetivo de se obter a
menor distância entre as cargas +q e q’. É perceptível que o vetor do módulo da
força é paralelo à distancia que interligam as duas cargas +q e – q, além de
apontar para a carga – q já que a mesma tem sinal oposto a ambas as demais
cargas.
Aplicação
no projeto
A
lei de Coulomb por sua vez não tem tanta aplicação prática no projeto do anel
de Thomson, mas é importante salientar que há uma tensão entre os terminais do solenoide que faz com que haja uma força sobre os elétrons, formando assim uma
corrente que atravessa o solenoide e permite o efeito magnético.
Referências:
Knight
R.; Física uma Abordagem Estratégica; Volume 3; 2° edição; p. 800 à 805;
Bookman; Porto Alegre; 2009.
Nussenzveig
H. M.; Curso de Física Básica; Volume 3; 1° edição; p. 3 à 12; Blucher; São
Paulo; 1997.
Postado por: Daniel Lopes de Souza.







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