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Fonte:
http://www.nndb.com/people/275/000049128/
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A energia cinética dos elétrons é dissipada através de colisões com os íons da rede metálica (atrito em nível atômico). Parte dessa energia cinética é transferida para o átomo do metal, o que aumenta seu estado de agitação e, consequentemente, sua temperatura. Assim, a energia elétrica é transformada em energia térmica.
Supondo que a distância média entre duas colisões é d, a força elétrica F=q.E exercida sobre a carga q realiza um trabalho quando empurra essa carga ao longo dessa distância d, onde E é a intensidade do campo elétrico gerado por essa carga. Dessa forma, podemos expressar o trabalho W, em função da variação de distância Δs, da seguinte maneira:
O teorema da energia
cinética diz que o trabalho da força resultante é medido pela variação
da energia cinética. Logo, essa energia cinética é
transferida para o material quando a carga
colide com um átomo deste material, causando
um aumento de energia. Como as colisões ocorrem com frequência ao longo de um
resistor de comprimento L, a energia total que esta carga transfere enquanto
percorre essa distância é:
Podemos relacionar a intensidade
de campo elétrico
e a diferença
de potencial
entre linhas
equipotenciais da seguinte forma:
Com isso, ao percorrer
um resistor, cada carga
transfere uma quantidade de energia para a
rede metálica igual a:
A taxa segundo a qual
essa energia é transferida da corrente para o resistor é:
Essa potência, em
Joules/segundo, é dissipada pelo resistor enquanto a carga flui através do
mesmo. Como ΔU=R.i, pode-se obter:
Caso a corrente não
seja constante em relação ao tempo, esse calor gerado será dado por:
O Efeito Joule está altamente associado ao Anel de Thomson, visto que o fio de cobre utilizado para fazer a bobina tem uma determinada resistividade e será percorrido por uma corrente 220V alternada.
Por meio das expressões
aqui explícitas, é possível concluir que a energia dissipada será:
Essa energia é muito importante
para o funcionamento do Anel de Thomson, isso porquê o cobre tem ponto de fusão
de 1085°C. Para um perfeito funcionamento do Anel de Thomson, a energia
dissipada pelo efeito joule deve ser inferior ao necessário para a fusão do
cobre, e isso pode ser calculado pela expressão acima representada.
Referências:
HALLIDAY, David; RESNIK, Robert; KRANE, Denneth S. Física 3. 4ª Edição. Rio de Janeiro, LTC,
2004.
KNIGHT, R. D. Física: Uma
abordagem estratégica. Volume 3. 2ª Edição. Porto Alegre,
Bookman, 2009.
SILVEIRA, Fernando Lang. A qualitative
explanation for “Thomson’s ring” experiment. How
does the “magnetic levitation”
happen?. Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 25, no. 1,
Março, 2003.
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